The Surprisingly Very Catholic America Welcomes Pope Francis

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Longe vão os tempos em que John F. Kennedy teve de negar ser um espião ao serviço do Papa e jurar que a sua lealdade ia primeiro para a pátria e só depois para o Vaticano para convencer os americanos a votar nele para a Casa Branca. É verdade que desde aquele longínquo ano de 1960 os Estados Unidos não voltaram a ter um presidente católico. Mas se no passado professar a fé católica era um estigma para qualquer político americano – que lhe podia custar a eleição, como aconteceu com o democrata Al Smith nas presidenciais de 1928 -, hoje tudo é muito diferente. Não só Obama tem um vice-presidente – Joe Biden – e um secretário de Estado – John Kerry – católicos, como quando olhamos para os candidatos a suceder-lhe na Casa Branca deparamo-nos com mais de uma mão-cheia de católicos, entre democratas e republicanos. De Martin O”Malley a Marco Rubio, de Chris Christie a Jeb Bush. Um sinal dos tempos? Talvez. E não é só na política que a América se apresenta cada vez mais católica. No Supremo Tribunal – cujas decisões moldam o que são os Estados Unidos – seis dos nove juízes são católicos. Uma sobrerrepresentação se pensarmos que os 78,2 milhões de católicos representam 25% do total da população. Um número que deve muito ao peso da comunidade hispânica na América – em 2003 esta ultrapassou os negros como maior minoria. É esta América que nem os escândalos de pedofilia na Igreja parecem ter impedido de se tornar mui católica que na quarta-feira dá as boas-vindas a Francisco, o primeiro Papa das Américas. Um argentino Jorge Bergoglio que esperou até ser Papa para a primeira visita aos EUA.

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