Intervention Necessary, Not Sufficient

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Intervenção do governo dos EUA é necessária, mas não suficiente, diz BC

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EDUARDO CUCOLO

da Folha Online, em Brasília

A intervenção do governo dos EUA em grandes empresas de financiamento imobiliário anunciada no início do mês é condição necessária, mas provavelmente não suficiente, para a superação da crise internacional, na avaliação do banco central brasileiro.

A informação faz parte da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), em que o Banco Central aumentou a taxa básica de juros de 13% para 13,75% ao ano.

A avaliação foi feita antes das novas intervenções anunciadas nesta semana. Além da estatização das empresas de hipotecas Fannie Mae e Freddie Mac, o Tesouro dos EUA injetou nesta semana dinheiro na seguradora AIG. Também foi anunciada a falência do banco Lehman Brothers.

O BC avalia que a valorização do dólar e o aumento da “aversão ao risco”, que derrubou as bolsas internacionais, torna mais complexa a decisão sobre a taxa básica de juros.

Em relação aos efeitos no Brasil, o BC diz que as políticas adotadas pelo país contribuem para reduzir, mas não para eliminar as dificuldades.

“Não obstante, as políticas voltadas para reduzir a vulnerabilidade externa da economia têm se mostrado bem sucedidas, contribuindo para mitigar, mas não eliminar, os efeitos das dificuldades que caracterizam o cenário externo sobre a atividade econômica no Brasil, cujo dinamismo vem sendo sustentado essencialmente pela demanda doméstica”, diz o Copom na ata.

Para o BC, a economia mundial continua evidenciando pressões conflitantes, com sinais mais nítidos de desaceleração acompanhados por taxas de inflação ainda elevadas.

“Os dados divulgados nas últimas semanas apontam para um enfraquecimento mais intenso da atividade nas economias dos países desenvolvidos.”

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