CNN Is Good at Simplifying News

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QUARTA-FEIRA, 4 DE AGOSTO DE 2010

Simplificar a informação

Desde que aconteceu o acidente na plataforma da BP (a Deepwater Horizon), há quatro meses, os jornais de todo o mundo escreveram páginas e mais páginas sobre o assunto. Os canais de televisão fizeram o mesmo – os detalhes técnicos da catástrofe e da resolução do problema encheram parágrafos e imagens com expressões vulgares para os especialistas, mas pouco compreensíveis para os leitores e espectadores. É a mesma coisa que escrever uma área com 20 hectares e não dizer mais nada – essa é a dimensão aproximada de 20 campos de futebol.

Foi aqui que a CNN entrou em acção. Por exemplo, enquanto os consumidores de notícias andavam às voltas para perceber o que era uma pressão de 6745 libras por centímetro quadrado no interior da tampa de contenção usada pela BP, o repórter Reynolds Wolf exemplificava da seguinte forma: pegou num pedaço de papel e, em seguida, colocou em cima dele o seu iPhone, um segundo telemóvel e a carteira a rebentar pelas costuras. “A força exercida em cima desta folha é mais ou menos 1 libra por centímetro quadrado”, explicou em directo. “O que se passa na tampa é 6745 vezes mais”, acrescentou.

Ontem, enquanto a BP anunciava a injecção de toneladas de lama e cimento no poço, o repórter Tom Foreman, também da CNN, descomplicou: “Estancar o petróleo quando ele estava a sair, era como se tentássemos parar um comboio de alta velocidade. Agora, é como se o comboio estivesse parado, mas ainda continua a ser muito difícil empurrá-lo para baixo.” Tradução: a função do jornalista é simplificar a informação.

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