Bin Laden’s Death and Europe’s “Charm Offensive” Put Obama in Front at Start of Election Race

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Morte de Bin Laden e “ofensiva de charme” na Europa fazem Obama largar na frente na corrida eleitoral

Ainda faltam 18 meses para a próxima eleição presidencial nos Estados Unidos, mas a movimentação política visando a Casa Branca já começou entre democratas e republicanos. Para os analistas, a vantagem nesta largada está com o atual presidente, Barack Obama, que aproveita a onda de popularidade conquistada com a morte do terrorista Osama bin Laden e, nesta semana, realiza um giro carismático pela Europa.

A percepção sobre a capacidade de Obama de guiar os Estados Unidos como maior potência mundial, elemento que foi alvo de críticas durante sua eleição e seu primeiro período de mandato, agora é um trunfo, segundo o cientista político norte-americano David Fleischer.

“Com a morte de Bin Laden, a aprovação de Obama subiu bastante e tirou a munição dos republicanos que criticavam a falta de resultados da política externa do presidente. Isso reduziu o barulho da oposição”, comenta Fleischer, que é professor da Universidade de Brasília.

“O’Bama”

Aproveitando o bom momento, Obama foi à Europa com uma agenda que inclui eventos midiáticos feitos sob medida para reforçar o charme do democrata.

“Onde ele parou primeiro? Na Irlanda. Isso é importante, porque existe muito americano descendente de irlandês”, comenta David Fleischer. “Ele até brincou com seu sobrenome, transformou Obama em O’Bama.”

Na segunda-feira (23), “O’Bama” passou pela pequena cidade Moneygall, onde viveu um de seus antepassados, e fez questão de tomar a típica cerveja escura nacional. “Isso é um marketing eleitoral importante. Ele precisava fazer aquela foto”, acrescenta Fleischer.

No dia seguinte, o presidente e a primeira-dama apareceram no palácio de Buckingham com o príncipe William e a duquesa Kate Middleton, o casal mais comentado do ano. Ainda no Reino Unido, Obama jogou pingue-pongue, participou de um jantar de gala com a rainha da Inglaterra e fez churrasco com o primeiro-ministro britânico David Cameron.

Para o analista internacional Reginaldo Nasser, esses elementos reforçam o foco de Obama no “americano médio”

“Ele foi eleito com uma campanha para o americano politizado, que mostrava um Obama ativista, engajado na luta pela igualdade de direitos. Agora ele tenta captar uma parte do que seria o eleitorado típico republicano: o homem médio americano, que faz churrasco, que conta piada”, comenta professor, que é especialista em Estados Unidos.

Oposição sem rumo

Do outro lado do cenário político, a oposição republicana ainda enfrenta dificuldade para encontrar candidatos fortes o bastante para disputar as primárias que em alguns meses definirão o adversário de Obama no ano que vem.

A maior novidade da oposição até agora foi o breve período da “quase candidatura” do bilionário Donald Trump, que chegou a questionar a nacionalidade de Obama, mas já anunciou que não vai levar suas ambições presidenciais adiante.

Por enquanto, uma pesquisa recente da rede “Fox News” mostrou que 57% dos americanos acreditam que Obama será reeleito, quase duas vezes mais do que os 29% que tinham esta percepção em dezembro passado.

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