Obama and Israel

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Obama & Israel

Pessoal, não se trata de preguiça para trabalhar, mas, como estou em trânsito, era mais prático para mim, como na semana passada, pegar carona com meu guru para a crise nuclear iraniana Jeffrey Goldberg, que, por sua, vez, pegou carona com Amos Yadlin, ex-chefe da inteligência militar israelense e um dos pilotos do ataque israelense ao reator nuclear iraquiano em 1981.

O negócio é o seguinte: existem estes “jogos de guerra””, com as especulações febris se Israel vai ou não atacar as instalações nucleares iranianas em termos iminentes. Não sabemos se é um senso de urgência ainda mais “urgente” ou se é blefe do primeiro ministro Benjamin Netanyahu e seu ministro da Defesa Ehud Barak.

Sabemos que Obama e muita gente, mas muita gente, até o presidente israelense Shimon Peres, não querem esta ação em termos imediatos, enquanto transcorre a temporada eleitoral americana ou lançada isoladamente.  A linha oficialesca americana é a de que Netanyahu e Barak deveriam ter fé em Obama e suas garantias de que o Irã não poderá cruzar uma “linha vermelha” e fabricar a bomba. Mas o poder de persuasão do grande orador presidencial está cada vez mais falho.

Até agora, Obama não convenceu isralenses e regimes árabes conservadores que temem o regime xiita iraniano de que adotará medidas militares preventivas. E aqui vem a proposta de Yadlin. Obama deveria viajar e expressar sua firme disposição em discurso no Parlamento israelense, deixando claro que impedir a bomba iraniana é vital para a segurança nacional dos EUA.

Obama está ocupado em campanha de reeleição. Melhor ainda para ele. Será uma boa ocupação. Combina o útil ao necessário: um gesto ousado durante a campanha. Obama poderia estender a visita a outros aliados vitais dos EUA na região, como Jordânia e Arábia Saudita. Nada mais presidenciável do que se preparar para a guerra, mas impedindo que ela aconteça quando ainda não é conveniente ou nos termos que interesse para Obama.

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