In Syria, in Search of Options, Any Options

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As milícias de analistas do Instituto Blinder & Blainder estão há um bom tempo perdidas nas projeções sobre a Sïria. Por um tempo, as milícias metralharam antes e fizeram as perguntas depois. Agora, fazem perguntas demais e oferecem poucas respostas. Vamos à luta.

Há as informações de que o governo Obama, tão receoso para enfiar a mão na m…(na massa) síria, pode finalmente ser forçado a ter um papel mais ativo, alvejando grupos jihadistas que combatem o regime Assad, outros grupos rebeldes moderados e mesmo entre eles. Este ativismo seria fruto desta vigorosa, embora fragmentada, ameaça jihadista em várias partes do Oriente Médio, num arco que vai do Mali ao Iêmen e que obviamente tem na Síria um ponto nevrálgico. Jihadistas europeus que foram combater na Síria com grupos islâmicos agora estão voltando para casa e planejando atos terroristas, após fazer cursos intensivos.

Com um certo pudor, o New York Times observa que o preço para conter a ameaça terrorista pode ser uma certa “acomodação, mesmo que apenas temporária ou tática, com o brutal, mas secular, governo de Assad”. É o governo que, de acordo com “maciças evidências” esta semana de investigadores da ONU, cometeu crimes de guerra.

Esta movimentação americana iria exigir negociações domésticas e internacionais, a destacar com o cada vez mais furioso aliado saudita (furioso com Washington), ativíssimo no apoio a alguns grupos jihadistas. No New York Times, o veterano diplomata Ryan Crocker vai ao ponto. Ele diz que “nós precisamos começar a conversar novamente com o regime Assad sobre contraterrorismo”, arrematando que por pior que o ditador sírio seja, ele não é tão ruim como os jihadistas que tomariam o poder na sua “ausência”.

O Wall Street Journal tem um ângulo um pouco diferente. Lembra que os países ocidentais rejeitaram a idéia de enviar armas potentes para grupos rebeldes islamitas com o temor de que caíssem nas mãos de forças assumidamente ligadas à rede terrorista Al-Qaeda. Mas, o jornal diz ter apurado que americanos e seus aliados estão conversando diretamente com milícias islamitas, com os sauditas reforçando o suprimento de armas a uma delas, o Exército do Islão.

Há debates internos nas capitais ocidentais sobre as vantagens de cortejar estes grupos, mas existe a inclinação para apoiar uma nova coalizão de milícias religiosas, com o nome de Frente Islâmica, que excluiu dois grupos ligados diretamente à rede Al-Qaeda, que são a Frente Nusra e o Exército Islâmico do Iraque e do Levante. Por estimativas da inteligência ocidental, esta nova coalizão representa metade dos rebeldes que combatem o regime Asssad. Os moderados do Exército da Síria Livre perderam muito terreno e influência neste ano.

Nesta confusão, está claro que os países ocidentais fracassaram na misssão de unir os fragmentados rebeldes sob o comando de forças seculares e moderadas, lá atrás no começo da guerra civil, em 2011, enquanto o regime sírio está encorajado por algumas vitórias militares e firme apoio russo, iraniano e da milícia xiita libanesa Hezbollah. O que persiste no cenário sírio é a carência de boas opções. Em busca do tempo perdido, países ocidentais agora agarram qualquer opção.

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