That Is Not Very Nice, Zuck. Nobody Can ‘Like’ Manipulations on Facebook

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Que coisa feia, Zuck. Ninguém pode curtir manipulações no Facebook

Antissocial: o que eles gostam, mostram com destaque; o que não gostam,

Vamos começar com uma promessa: não se defenderá, aqui, o papel que repórteres inquietos e editores bem preparados desempenham na busca, filtragem e divulgação de notícias. Atividade também conhecida como jornalismo, com todas suas fragilidades e urgências tempestivas.

Mas vamos expor um aspecto negativo dos meios mais usados hoje para acessar notícias e informações, o Twitter e o Facebook. Apresentadas como agentes supremamente imparciais que apenas mostram os assuntos mais buscados pelos usuários, as redes sociais têm vários rabos presos.

Um deles apareceu nos últimos dias, quando cinco ex-colaboradores do Facebook contaram como havia sido sua experiência numa função descrita como “curadores de notícias”. Nessa tarefa temporária, afirmam, a ser eventualmente substituída por algoritmos, eles tinham que buscar e resumir as notícias mais buscadas, os trending topics.

Eram, na maioria, jovens saídos de faculdades de jornalismo de elite nos Estados Unidos, portanto já alinhados com a visão liberal, no sentido americano, do mundo. Uma tendência exacerbada pela orientação de que deveriam selecionar reportagens e artigos de publicações com a mesma linha, como o New York Times e a revista Time.

Potências da internet como o Drudge Report, mais à direita, não entravam na lista do Facebook. Também ficavam fora personagens por quem os usuários demonstravam grande interesse, como Lois Lerner, a alta funcionária da Receita Federal americana que coordenava a perseguição a organizações de tendência conservadora que pediam o direito a isenção fiscal garantido pela lei, um dos maiores escândalos do governo Obama.

A manipulação também ocorria em sentido contrário. Em vez de suprimir, os “curadores” incluíam temas que eram considerados importantes, mesmo que os usuários não estivessem muito interessados, como as atividades do Black Lives Matter – as vidas dos negros são importantes -, grupo radical que defende a morte de policiais como revanche pelos casos em que negros são mortos, em reações excessivas ou não. A repercussão nas redes sociais do BLM – falsamente anabolizada, agora se sabe – é considerada um fator importante em sua expansão.

Mark Zuckerberg já declarou apoio ao grupo e passou um sermão público em funcionários do próprio Facebook que haviam substituído a sua denominação pelo mais inclusivo Todas as Vidas são Importantes. Ele e todos os gênios bilionários do Vale do Silício apoiam a política de portas abertas à imigração, pois dependem dos “indianos”, designação geral dos estrangeiros que formam a base de sua mão-de-obra.

Zuck também é um clintonista militante e o pessoal do meio diz que fica nervoso quando Jack Dorsey, do Twitter, toma posições mais “progressistas”. Em seu Conselho de Credibilidade e Segurança, o Twitter tem dezenas de representantes de organizações sociais, inclusive algumas dedicadas a vigiar “discursos perigosos”, manifestações que possam soar ameaçadoras para alguma das muitas categorias que se consideram vitimizadas. Nenhuma delas, evidentemente, de tendência mais à direita.

Depois das reportagens do site Gizmodo sobre a curadoria com cara de viciada do Facebook, a Comissão de Comércio do Senado, presidida pelo republicano John Thune, pediu explicações. Entre elas: “Os curadores de notícias do Facebook de fato manipularam o conteúdo da seção Trending Topics, visando a excluir notícias relacionadas a pontos de vista conservadores ou injetar conteúdo não no topo dos mais buscados?”.

Através do vice-presidente Tom Stocky, o Facebook negou tudinho. O sistema é orientado a “não permitir a supressão de perspectivas políticas” e a “garantir a neutralidade”. Se tivessem perguntado a jornalistas, saberiam que não existe “neutralidade” nem imparcialidade.

Estas são características obrigatórias na administração pública e no sistema judiciário. O pilar fundamental do jornalismo é a credibilidade, Zuck. Se os seus 600 milhões de usuários descobrirem que o Face anda escondendo coisas por motivos políticos, você pode ficar com a cara no chão.

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