Every year, at 8:15 a.m. on Aug. 6, Hiroshima is filled with thousands of visitors from all around the world. In a strange planetary communion, the crowd pays homage to the more than 100,000 Japanese who died in 1945, less than a month before the war was over. The crowd gathers in the square where, before World War II, there existed an exhibition hall, the remains of which were kept and transformed into a memorial of the atomic bomb.
When hundreds of white doves are released, to fly freely through Hiroshima's skies, everyone is probably thinking of the horror of that summer day in 1945.
Next, amid the sentences from official speeches, many may be thinking the possibility of “total war” and the absolute abyss are not gone.
This Friday will be different. It’s not Aug. 6, but Barack Obama will be at Hiroshima.
Just the courage of it, going to the city where Americans launched the first atomic bomb, is a matter of news and a controversial decision. We expect nothing else from Obama. Ten presidents before him decided not to go to Hiroshima. Others have gone, but only after having left the White House, which is why this visit brings an incomparable lightness and sense of commitment.
It is easy to understand why. The issues that arise from the visit of a sitting North American president to Hiroshima are obvious. The issues behind dropping two atomic bombs, on both Hiroshima and Nagasaki, are challenging since in August 1945 everyone knew the war was practically won.
But today, 70 years later, a new set of issues is surpassing these historians.
In Prague in 2009, Barack Obama delivered one of the most important political speeches of his presidency. He chose the theme of nuclear disarmament to initiate the mandate and, in part, he won the Nobel Peace Prize for what he said in that intervention.
We expect Obama to end that cycle and to give further steps in Hiroshima. Six months are left before Obama leaves the White House, but experts in nuclear issues believe there is still time for significant and tangible measures, such as the proposal of a U.N. resolution for member states to commit toward not conducting nuclear tests. Obama could destroy some of his own arsenal and appeal to Russia to follow the gesture, and he could cancel programs for the purchase and modernization of the existing U.S. arsenal, which could cost several million dollars and include the construction of submarines and bombers with nuclear capacity.
The visit to Hiroshima is therefore looked upon with enormous expectation. It is considered the last opportunity for Obama to make history and to stop the current nuclear arms race, which is, silently, setting a new, dangerous military escalation.
Todos os anos, às 8h15 da manhã de 6 de Agosto, Hiroxima enche-se de milhares de visitantes de todo o mundo. Numa estranha comunhão planetária, a multidão na praça onde antes da II Guerra Mundial existia o pavilhão de exposições da cidade — e cujas ruínas foram mantidas e transformadas num memorial da bomba atómica — presta homenagem aos mais de cem mil japoneses que, em 1945, menos de um mês antes de a guerra terminar, ali morreram.
No instante em que as centenas de pombas brancas são soltas e voam livremente pelo céu de Hiroxima, é provavelmente só no horror daquele dia de Verão de 1945 que todos pensam.
A seguir, por entre as frases soltas dos discursos oficiais, muitos pensarão que a possibilidade da “guerra total” e do abismo absoluto não desapareceram.
Esta sexta-feira será diferente. Não é 6 de Agosto, mas o Presidente americano, Barack Obama, vai a Hiroxima.
Só a coragem do gesto — ir à cidade sobre a qual os americanos lançaram a primeira bomba atómica — é em si notícia e uma decisão controversa. Não esperamos outra coisa de Obama. Dez presidentes antes dele decidiram não ir a Hiroxima. Outros foram, mas já depois de terem deixado a Casa Branca, o que empresta à visita uma leveza e um compromisso incomparáveis.
É fácil perceber porquê. As perguntas que a ida a Hiroxima de um Presidente norte-americano em exercício suscita são óbvias e particularmente incómodas. Desde logo o porquê do timing do lançamento das duas bombas — pouco depois, foi lançada outra sobre Nagasáqui —, quando em Agosto de 1945 todos sabiam que a guerra estava praticamente ganha.
Mas hoje, 70 anos depois, há um novo conjunto de questões que ultrapassam muito as dos historiadores.
Barack Obama fez em Praga, em 2009, um dos mais importantes discursos políticos da sua presidência. Escolheu o tema do desarmamento nuclear para iniciar o mandato e em parte ganhou o Nobel da Paz pelo que disse nessa intervenção.
Espera-se que, em Hiroxima, Obama feche esse ciclo e dê passos em frente. Faltam seis meses para deixar a Casa Branca, mas especialistas em questões nucleares acreditam que ainda há tempo para medidas tangíveis e significativas. Como propor uma resolução da ONU para que os Estados-membros se comprometam a não fazerem testes nucleares; destruir algum do seu próprio arsenal e apelar a que a Rússia siga o gesto; e cancelar programas de compra e modernização do arsenal existente, em valores que rondam muitos milhares de milhões de dólares, e que incluem a construção de submarinos e bombardeiros com capacidade nuclear.
A visita a Hiroxima é por isso olhada com enorme expectativa. É vista como uma última oportunidade para Obama fazer história e travar a actual corrida ao armamento nuclear, que, de forma silenciosa, está a pôr em marcha uma nova e perigosa escalada bélica.
This post appeared on the front page as a direct link to the original article with the above link
.
U.S. companies, importers and retailers will bear the initial costs which most economists expect to filter through the supply chain as a cost-push inflation.
[T]he letter’s inconsistent capitalization, randomly emphasizing words like “TRADE,” “Great Honor,” “Tariff,” and “Non Tariff”, undermines the formality expected in high-level diplomatic correspondence.