– A vida na América é um espectáculo. Eu a pensar que aquilo que via na televisão era tudo inventado, que os filmes e as séries não tinham nada a ver com a realidade; que saía tudo da cabeça daquela malta de Hollywood e da H2O, e na volta…
– HBO.
– Não tens acompanhado as cenas do cabeça-de-canário? Parto-me a rir com ele.
– Cabeça de quê?!
–Oh pá, aquele com o cabelo amarelo que quer ser Presidente da América.
– O Trump?
– É só rir. Tu ouviste aquela escuta que lhe fizeram? O tipo é um pândego. A gente em Portugal gasta um dinheirão em telefones para escutar malta cinzentona e gananciosa que só quer saber de malas de dinheiro e de fotocópias, enquanto eles lá na América é um forró.
– Forró é no Brasil.
– Também são muita loucos, os brasileiros, mas este ainda é melhor. Não há pai para ele.
– Olha, se eu fosse pai da mulher casada que ele tentou apalpar dava-lhe dois chapadões. Javardo, acha que por ser rico e famoso pode fazer tudo.
– Alto e pára o baile, que ela também não é nenhuma santa.
– Porquê?
– Porque uma coisa é oferecerem-te um par de sapatos ou uma lagosta suada, outra, bem diferente, é receberes uma cómoda ou um psiché grátis. Qualquer mulher sabe que isso traz água no bico. Até na América.
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