Democrat Scandal

Published in Folha de Sao Paulo
(Brazil) on 15 August 2021
by Editorial (link to originallink to original)
Translated from by Lisa Carrington. Edited by Gillian Palmer.
The resignation of New York's governor, accused of harassment, may breathe life into party and politics.

Democrat Andrew Cuomo tried to avoid resigning, but succumbed in the face of the magnitude of the scandals in his administration as governor of New York.

Among the controversies surrounding him, the loudest were accusations of sexual harassment from 11 women, bolstered by a report that state Attorney General Letitia James commissioned from independent investigators.

The most serious complaints are related to non-consensual kisses and touches. Other female staff report that suggestive comments or questions about sexual policy created a toxic working environment.

Cuomo denies the inappropriate advances and claims that his comments were not intended to be harassing. His claim that he did not think he had crossed any lines borders on ludicrous post-#MeToo. The lines must have been redrawn, according to him.

It’s as if in the past, women happily took part in these kinds of relationships imposed by powerful men, instead of simply tolerating them to avoid seeing their careers destroyed.

Perhaps Cuomo had imagined that his Democrat credentials would protect him from the accusations. Even when faced with pressure from fellow left-wing politicians, the now former governor facilitated important achievements, such as same-sex marriage, the legalization of marijuana and increase in minimum wage.

During the pandemic, he was praised for his health policies, while Republican President Donald Trump was following the denialism script. He was interviewed live on CNN almost daily by his brother, Chris Cuomo, sharing the accomplishments of his administration.

Meanwhile, accusations of his government hiding nursing home deaths and diverting tests to relatives tarnished his legacy.

Coming from a family of politicians, Cuomo governed impetuously, without much dialogue with the state legislature. His departure after a decade leaves space for more diverse candidates for the office, starting with his lieutenant governor, Kathy Hochul, who will take his place on Aug. 24.

Also on the list are James, a Black woman; mayor of New York City Bill de Blasio; and public advocate Jumaane Williams. In any event, the situation seems to be contributing to breathing life into the party and American politics.


Escândalo democrata
Renúncia de governador de NY acusado de assédio pode oxigenar partido e política

Andrew Cuomo, que renunciou ao posto de governador de Nova York

O democrata Andrew Cuomo tentou evitar a renúncia, mas não resistiu diante da proporção que tomaram os escândalos em sua administração como governador do estado de Nova York.
Entre as polêmicas que o atingiram, as mais ruidosas foram as acusações de assédio sexual por parte de 11 mulheres, reforçadas por um relatório encomendado pela procuradora-geral Letitia James a investigadores independentes.
As denúncias mais graves referem-se a beijos e toques não consentidos; outras funcionárias relatam que comentários sugestivos ou perguntas do político sobre assuntos sexuais criavam um ambiente de trabalho tóxico.
Cuomo nega os avanços inapropriados e afirma que não tinha intenção de assediar com seus comentários. Beira o ridículo sua afirmação, pós-#MeToo, de que pensava não ter cruzado nenhuma linha —as linhas teriam sido redesenhadas, segundo suas palavras.
É como se no passado as mulheres tomassem parte com prazer nesse tipo de relação imposta por um homem poderoso, em vez de simplesmente tolerá-la para não verem destruídas suas carreiras.
Cuomo talvez tenha imaginado que suas credenciais democratas o protegeriam das acusações. Ainda que pressionado por correligionários à esquerda, o agora ex-governador viabilizou realizações importantes como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a legalização da maconha e o aumento do salário mínimo.
Durante a pandemia foi elogiado por suas políticas sanitárias, enquanto o presidente republicano Donald Trump seguia o roteiro do negacionismo. Quase diariamente era entrevistado ao vivo na CNN por seu irmão Chris Cuomo, divulgando os feitos de sua gestão.
Entretanto acusações de que seu governo teria ocultado mortes em asilos e desviado testes para familiares macularam seu legado.
De família de políticos, Cuomo administrou de forma impetuosa, sem grande diálogo com o Legislativo estadual. Sua saída, após mais de uma década, abre espaço a maior diversidade de candidatos ao posto, a começar pela vice, que assume no dia 24, Kathy Hochul.
Também estão cotados a própria procuradora Letitia James, mulher e negra, o prefeito de Nova York, Bill DeBlasio, e o defensor público negro Jumaane D. Williams. Em qualquer hipótese, o caso parece contribuir para a oxigenação do partido e da política americana.
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