Considering that the Arctic is a region with unique ecosystems on the planet, with relevant species including fauna and flora adapted to an extreme climate and symbolic species such as the polar bear; considering that this ecosystem supports indigenous populations who have an extremely rich surviving culture; considering that the Arctic is the area of the globe where we have seen the greatest rise in temperature and where the consequences of ice melt associated with climate change will be the most dramatic in this century for the region and for the globe; considering that the world, within a framework of sustainable development, needs to disinvest in fossil fuels, the burning of which generates huge emissions of atmospheric pollutants, including greenhouse gases responsible for climate change, and focus instead on reducing energy consumption, on energy efficiency and on renewable energies; considering that the risk associated with the drilling for gas extraction requires nearby and effective equipment in case of a spill, safeguards which in the remote regions of the Arctic are impossible to ensure; considering that eventual spills on ice surfaces are an open question in terms of consequences and capacity of control; considering that the United States is already self-sufficient in supplying gas and oil; considering that oil drilling was interrupted in 2012 due to major flaws in oil exploitation in the Arctic by Shell; considering that the environmental impact assessment, including the definition of numerous prevention measures, never eliminates the existing risk but only reduces it; and considering that the principle of precaution should be a priority in order to safeguard the natural resources already in danger due to other circumstances ... the recent decision of the Obama administration allowing the resumption of oil drilling in the Arctic by Shell, after a long six-year process of going back and forth, is an absolutely unnecessary risk.
Não havia necessidade...
Quando o Ártico é uma região com ecossistemas únicos no planeta, com espécies relevantes que vão desde uma fauna e uma flora adaptadas a um clima extremo, com a presença de espécies simbólicas como o urso-polar, suportando populações indígenas com uma cultura de sobrevivência extremamente rica. Quando o Ártico é a zona do globo onde se tem verificado o maior aumento de temperatura e onde as consequências do degelo associado às alterações climáticas serão das mais dramáticas ao longo deste século para a região e para o globo. Quando o mundo, num quadro de desenvolvimento sustentável, precisa de desinvestir nos combustíveis fósseis, cuja queima é geradora de enormes emissões de poluentes atmosféricos, incluindo os gases com efeito de estufa, responsáveis precisamente pelas alterações climáticas, apostando antes na redução de consumos energéticos, na eficiência energética e nas energias renováveis. Quando o risco associado à perfuração para extração de petróleo exige meios de combate próximos e eficazes em caso de derrame e que nas remotas regiões do Ártico são impossíveis de assegurar. Quando eventuais derrames sobre superfícies geladas são uma incógnita em termos de consequências e de capacidade de controlo. Quando os Estados Unidos da América são já autossuficientes no fornecimento de gás e de petróleo. Quando a exploração foi interrompida desde 2012 por se terem identificado falhas graves na exploração de petróleo no Ártico pela Shell. Quando a avaliação de impacte ambiental, incluindo a definição de inúmeras medidas de prevenção, nunca anula o risco existente, apenas o pode diminuir. Quando o princípio da precaução deveria impor-se como prioridade para salvaguardar recursos naturais já ameaçados por outras circunstâncias.
A recente decisão da administração Obama, de permitir a retoma da exploração petrolífera no Ártico pela Shell, após um longo processo de seis anos com avanços e recuos, é um risco absolutamente desnecessário...
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