President Xi Jinping has defended the globalized economy and stated that his country will open its doors to partners at a time when Trump has charted the opposite course.
If Donald Trump were, in fact, to make good on his presidential campaign promise to implement a protectionist approach to foreign trade, thereby turning decades-old U.S. economic policy on its head, the power vacuum left behind by the world’s superpower would be filled by other major players—like China. This has long been the warning espoused by foreign trade experts in the face of Trump’s campaign rhetoric in which the international sphere has been marked as the source of the country’s gravest problems, with China being one of the president-elect’s go-to targets.
Trump accused China of having eliminated American jobs through a combination of treacherous trade practices and currency manipulation, while also promising to take the U.S. out of the Trans-Pacific Partnership, a free trade agreement comprising 12 countries located on both sides of the Pacific, including Japan. The TPP has been of importance due not only to its estimated business volume but equally because of its strategic value, as it would have brought member countries closer together and strengthened American influence within Asia in order to contain expanding Chinese hegemony in the region. It is for this reason that the agreement excluded China, the second largest economy in the world.
At the same time that Trump has been attacking old trading partners like Mexico and doubling down on threats to close U.S. borders to foreign products — something that, according to experts, will destroy more American jobs than it will create — Chinese President Xi Jinping has promised to open his country’s doors to foreign businesses. During last Saturday’s Asia-Pacific Economic Cooperation Summit in Lima, Peru, a meeting that involved 21 countries, Xi asserted that China is seeking to play a more prominent role in the process of globalization, a clear signal that the Asian giant is positioning itself to take advantage of Trump’s promised protectionist policies.
It was then that Xi, the supreme leader of China’s dictatorial state, revealed what he has in mind for his country’s coming market openness and free flow of investments. In what was considered to be indirect criticism directed at President Barack Obama, who excluded China from TPP, Xi said during the APEC Summit that his country would defend trade agreements, which would be open to anyone.
“China will not shut the door to the outside world but open more,” he said, promising to work toward a more globalized economy. “Exclusive agreements and arrangements are not the best option,” said Xi.
Considering that the prevailing global order has changed little since the fall of the Berlin Wall, such a reversal of roles is something quite difficult to imagine. While the Chinese leader has defended globalization, the American president-elect has pointed to protectionism as his homeland’s salvation. If this is, indeed, how politics is to play out in the future, China will move quickly to fill the power vacuum left behind by the United States.
China planeja ocupar espaço dos EUA de Trump
"Presidente Xi Jinping defende a globalização econômica e diz que seu país abrirá as portas a parceiros, num momento em que Trump projeta o caminho inverso."
Por Editorial
22/11/2016
Se Donald Trump implementar, de fato, como prometeu na campanha presidencial, uma postura protecionista no comércio externo, invertendo a tendência das últimas décadas, o espaço deixado pela maior potência do mundo será ocupado por outros atores relevantes, como a China. Este é um dos alertas que especialistas em comércio externo vêm expressando diante da retórica eleitoral de Trump, segundo a qual os principais problemas do país têm raízes no exterior, sendo o gigante asiático um dos alvos preferenciais do presidente eleito.
Trump acusou a China de eliminar empregos nos EUA por meio de uma prática comercial desleal e manipuladora do câmbio, e prometeu tirar os EUA da Parceria Transpacífica (TPP, na sigla em inglês), um acordo de livre comércio entre 12 países dos dois lados do Pacífico, inclusive Japão. A TPP é importante não apenas pelo volume estimado de negócios, mas igualmente por seu aspecto estratégico, integrando países e fortalecendo a influência americana na Ásia para, justamente, conter a expansão e o domínio chinês na região. É por esta razão que o pacto não inclui a China, segunda maior economia do mundo.
Enquanto Trump ataca velhos parceiros comerciais, como o México, e confirma a pretensão de fechar as fronteiras a produtos estrangeiros — o que, segundo especialistas, vai destruir mais do que gerar empregos americanos —, o presidente chinês, Xi Jinping, prometeu abrir as portas da China aos negócios estrangeiros. Na reunião dos 21 países da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec), em Lima, no Peru, no sábado passado, Xi afirmou que a China quer ter um papel mais relevante no processo de globalização, num claro sinal de que o gigante asiático já está atuando para tirar proveito das políticas protecionistas anunciadas por Trump.
Xi, líder supremo de uma potência ditatorial, mostrou sua visão do que significa uma abertura de mercado e o livre fluxo de investimentos. No que foi considerado uma crítica indireta ao presidente americano Barack Obama, que excluiu a China da TPP, Xi disse, durante a reunião da Apec, que seu país defenderá acordos comerciais aberto a todos.
“A China não vai fechar a porta ao mundo externo, ao contrário, vai abri-la ainda mais”, disse ele, prometendo se comprometer com a globalização econômica. “Acordos e arranjos exclusivos não são a melhor opção”, disse Xi.
Dificilmente se poderia conceber, considerando a ordem mundial reinante desde a queda do Muro de Berlim, tal inversão de papéis. Enquanto o líder chinês defende a globalização da economia, o presidente americano aponta para o protecionismo como salvação da pátria. Se esta rota se confirmar, a China caminhará rapidamente para ocupar o espaço deixado pelos EUA.
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