The construction of a mosque in close proximity to ground zero, the site of the World Trade Center, creates discussion on the limits of free speech when it comes to religion.
It has already been suggested that an opinion poll revealing that 61 percent of Americans were against the project is proof of Islamophobia in the U.S. For 70 percent of Americans, the mosque would be an insult to the 9/11 victims. “[The reaction] was beyond Islamophobia. It's hate of Muslims, and we are deeply concerned,” said Daisy Khan, co-founder of the group that is planning the construction of the Islamic Center.
But she is missing an important point. She deliberately sees as hatred what is no more and no less an opinion on democratic principles: Respecting religion cannot mean the denial of public interest and state regulations. It is an attempt to demoralize any criticism of Islam, even that which is obviously based on defending the respect for the democratic constitutional state.
The opinion of the majority of Americans, who think it is unsuitable to build a mosque near the place where 3,000 lives were taken by Muslim fundamentalists, has to be seen in its proper context: the trauma of 9/11, and the ambiguity of Muslim leadership, which demands respect for Islam while preaching strong anti-American ideology.
To this purpose, Judea Pearl, father of American journalist Daniel Pearl — or “The Jew,” as Muslim terrorists called him when they decapitated him in 2002 — wrote a cutting article in the Jerusalem Post. He says the Muslims should put their mosque elsewhere. According to Judea, the construction at this site would only “prolong the illusion” that American Muslims can achieve public acceptance without sharing responsibility for allowing victimhood and justifying terrorism.
Judea goes on to write of vital issues, such as the fact that crimes by the Muslim terrorists are always “justifiable,” invariably attributing guilt to the victims:
Muslim leadership in the U.S. accuses the country of a “long chain of ‘crimes’ against humanity, especially against Muslims. Affirmation of these conspiratorial theories sends mixed messages to young Muslims, engendering anger and helplessness: America and Israel are the first to be blamed for Muslim failings, sufferings and violence. Terrorist acts, whenever condemned, are immediately ‘contextually explicated’ (to quote Tariq Ramadan); spiritual legitimizers of suicide bombings (e.g. Sheikh Yusuf Qaradawi of Qatar) are revered beyond criticism; Hamas and Hezbollah are permanently shielded from the label of ‘terrorist.’ Overall, the message that emerges from this discourse is unambiguous: when Muslim grievance is at question, America is the culprit and violence is justified, if not obligatory.”
A mesquita em NY: islamofobia ou direito de opinião?
O caso do projeto de construção de uma mesquita perto do Ground Zero – local onde ficava o World Trade Center – permite discutir os limites da liberdade de expressão no que diz respeito às religiões.
Já houve quem considerasse prova da islamofobia nos EUA a pesquisa segundo a qual 61% dos americanos são contrários ao projeto islâmico em Nova York. Para 70%, a mesquita seria um insulto às vítimas do 11 de Setembro. “Isso vai além da islamofobia. É ódio aos muçulmanos, e nós estamos profundamente preocupados”, disse Daisy Khan, co-fundadora do grupo que está planejando a construção do centro islâmico.
Khan comete uma confusão importante. De forma deliberada, ela toma como ódio aquilo que nada mais é do que uma opinião fundamentada em princípios democráticos: a de que o respeito a uma religião não pode pressupor a negação do interesse público e das normas do Estado. Trata-se de uma tentativa de desmoralizar qualquer crítica ao islã, mesmo aquelas que evidentemente têm como base a defesa do respeito ao Estado democrático de direito.
O sentimento da maioria dos americanos, ao julgarem inadequado construir uma mesquita perto do local onde quase 3 mil pessoas foram mortas por fundamentalistas muçulmanos, deve ser entendido em seu devido contexto: o trauma do 11 de Setembro e a ambiguidade das lideranças muçulmanas nos EUA, que cobram respeito ao islã ao mesmo tempo em que fazem sermões com forte tom antiamericano.
A esse propósito, Judea Pearl, pai do jornalista americano Daniel Pearl – o “judeu Daniel Pearl”, como o classificaram os terroristas muçulmanos que o degolaram e o esquartejaram em 2002 –, escreveu um contundente artigo no Jerusalem Post. Diz ele que os muçulmanos deveriam escolher outro lugar para erguer sua mesquita em Nova York. Para Judea, a construção ali “prolongaria a ilusão” de que os muçulmanos americanos são aceitos sem que suas lideranças parem de tratar dos muçulmanos como “vítimas” do Ocidente, dando justificativa para o terrorismo.
E Judea vai adiante, tocando em pontos essenciais, como o fato de que os crimes cometidos pelos terroristas muçulmanos têm sempre alguma justificativa, que é invariavelmente atribuir a culpa da violência à vítima:
“(As lideranças muçulmanas nos EUA) acusam o país de uma longa cadeia de crimes contra a humanidade, especialmente contra os muçulmanos, e essas teorias da conspiração enviam mensagens dúbias aos jovens muçulmanos, engendrando ódio e sensação de abandono: a América e Israel são os primeiros a serem responsabilizados pelos problemas e o sofrimento dos muçulmanos. Os atos terroristas, quando condenados, são imediatamente explicados em seu contexto; legitimadores espirituais de terroristas suicidas são reverenciados além da crítica; o Hamas e o Hizbollah são permanentemente protegidos do rótulo de ‘terroristas’. Acima de tudo, a mensagem que emerge desse discurso é clara: quando é o sofrimento muçulmano que está em questão, a América é sempre culpada, e a violência, justificada, quando não é obrigatória”.
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