Se eu fosse eleitor americano, teria votado em Barack Obama. Mas como sou brasileiro, torci por John McCain.
Em minha opinião, eleitor americano negro, latino, chicano, árabe, asiático, grego, russo, ítalo, mulher, gay, lésbica etc., menos cubano de Miami, não teve nem o que discutir: Obama na cabeça! Se era pobre, então, Barack neles! E ainda por cima Obama é negro. Mestiço. Havaiano. Mãe branca, pai queniano e alcoólatra. Já imaginou a empáfia dos branquelos saxônicos como é que tá?
Se Barack Obama cumprir o que prometeu, vai ressuscitar a saúde pública americana e a educação, ampliar a seguridade e a assistência social, reduzir os impostos dos menos ricos, aumentar os subsídios dos produtores rurais, garantir o emprego dos operários (apoiando a indústria americana por meio de barreiras alfandegárias), fechar o campo de concentração de Guantánamo, acabar com a guerra no Iraque e resolver a parada no Afeganistão. Até 2010, os Estados Unidos não vão mais depender do petróleo do Oriente Médio: O etanol é nosso! Quer dizer, deles.
Tá vendo só porque se eu fosse americano seria Obama de carteirinha? Agora, sendo brasileiro, não podia torcer por ele. O que é bom para os Estados Unidos é ruim para o Brasil. Subsídios, barreiras e etanol de milho (o mundo morrendo de fome). E a gente, como é que fica?
Eleição é coisa séria. Não dá pra votar nem torcer com o coração. Como bom patriota que sou, torci por McCain. Se não desse no voto, como não deu, esperava que a Flórida não lhe faltasse. Que o governador Charlie Crist, republicano de quatro costados, garfasse Obama, como Jeef Bush, o caçula, garfou Al Gore há oito anos.
Anyway, viva Barack Obama! E tudo que sua eleição representa como marco civilizatório.
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