Recent WikiLeaks documents reveal negotiations between Americans and Haitian diplomats for a raise in wages to the Haitian population. Haiti is the poorest country in the Western Hemisphere, with 85 percent unemployment as of 2009. That year its parliament decided to raise wages in an aim to stimulate the growth of the country’s economy.
The almost 2,000 documents shared between embassies revealed dissatisfaction, mainly among a few American textile companies, such as Levi’s, at the possibility of raising wages for workers in Haiti.
As Argentine newspaper Pagina 12 stated, a new series of approximately 1,918 documents released by WikiLeaks and published by local Haitian papers such as The Nation and Haiti Liberte reveals that raising the miserable salaries of Haitians has provoked a debate between foreign companies and American diplomacy. Every case demonstrates the power that these multinational companies have over poor countries.
In June 2009, a little over six months before the earthquake that devastated the whole country, the Haitian parliament unanimously passed a minimum wage increase from $1.75 to $5.00 per eight-hour work day, which means less than $10 for eight hours — less than $300 a month even if the employee does not have a single day of rest.
After the raises, the documents published by WikiLeaks revealed that the proposal caused a chain reaction. A few CEOs of well-known multinational textile companies, such as Fruit of the Loom, Hanes and Levi’s, opposed the 62-cents-per-hour raise. The documents also reported the U.S. Agency for International Development and the American embassy’s supporting the companies’ resistance.
A telegram from Ambassador Janet Sanderson, sent in June of 2009, warned that a more visible and proactive intervention from Haitian president Mr. Preval could be a major factor in the minimum wage issue. Two months after the telegram, the Haitian president negotiated with the parliament for two levels of higher wages: $3.13 for workers in the textile industries and $5.00 for the industrial and commercial sectors.
After protests by students and workers, the factory owners and Washington only achieved a partial victory in the minimum wage issue, delaying for about a year the establishing of the $5.00 daily minimum wage for the textile sector at a level inferior to all other sectors. In October of 2010, the minimum wage for textile workers went to 250 gourdes, equivalent to $6.25.
The Haitian Platform for Development Alternatives stated in a June 2009 press release, “Every time the minimum wage has been discussed, ADIH has cried wolf to scare the government against its passage: that raising minimum wage would mean the certain and immediate closure of industry in Haiti and the cause of a sudden loss of jobs. In every case, it was a lie.”
WikiLeaks: empresas dos EUA tentaram barrar aumento salarial no Haiti
Vivian Virissimo
Documentos recentes revelados pelo WikiLeaks demonstram negociações da diplomacia dos Estados Unidos e do Haiti sobre um aumento salarial para a população haitiana. O país mais pobre do hemisfério apresentava, em 2009, 85% da população desempregada e o aumento concedido pelo parlamento visava estimular o crescimento da economia do país. Os quase 2000 documentos trocados pelas embaixadas revelam o descontentamento de um aumento salarial para os haitianos, principalmente por parte de indústrias estadunidenses como Levi`s.
Conforme notícia divulgada no jornal Página 12 da Argentina, uma nova série de 1.918 documentos divulgados pelo site WikiLeaks e publicados pelos jornals Haiti Liberté e The Nation mostra que um aumento de miseráveis salário dos trabalhadores haitianos provocou grande debate entre as empresas e a diplomacia americana. Todo o caso demonstra o poder destas empresas multinacionais que atuam em países pobres.
Em junho de 2009, pouco mais de seis meses antes do terremoto que arrasou o país, o parlamento haitiano aprovou por unanimidade um aumento do salário mínimo, que passaria de US$ 1,75 a US$ 5 por jornada diária de oito horas, o que significa menos que R$ 10 reais por oito horas – ou menos de R$ 300 por mês, no caso do trabalhador não ter um único dia de descanso.
Depois deste aumento, os documentos divulgados pelo WikiLeaks revelam que proposta causou reação em cadeia. Os diretores de algumas multinacionais, como a Fruit of The Loom, Hane e Levi’s se opuseram ao aumento de 62 centavos de dólar por hora. Os documentos mostram que a resistência das empresas foi apoiada pela agência para o desenvolvimento internacional (Usaid, na sigla em inglês) e a embaixada americana. Até mesmo o Departamento de Estado norte-americano foi pressionado a intervir na decisão do parlamento haitiano.
Um telegrama da embaixadora Janet Sanderson (foto), enviado em 10 de junho de 2009, adverte: “Uma intervenção mais visível e ativa de Préval (o presidente) pode ser determinante para a questão do salário mínimo”. Dois meses depois do telegrama, o presidente haitiano negociou com o parlamento dois níveis de aumento: US$ 3,13 para operários da indústria textil e US$ 5 para os dos setores industriais e comerciais.
Diante das manifestações de trabalhadores e estudantes, os proprietários das indústrias e Washington somente conseguiram uma vitória parcial na batalha do salário mínimo, retardando em um ano a concessão do mínimo de US$ 5 por dia e mantendo o salário mínimo do setor de confecção em um nível inferior a todos os demais setores. Em outubro de 2010, o salário mínimo dos trabalhadores da confecção passou a 200 gourdes por dia, enquanto todos os demais setores passaram a 250 gourdes (US$ 6,25).
“Cada vez que a questão do salário mínimo foi abordada, a ADIH tentou amendrontar o governo, dizendo que o aumento do salário mínimo significaria o fechamento certo e imediato da indústria no Haiti e causaria uma perda súbita de empregos”, declara a Plataforma pelo Desenvolvimento de Alternativas para o Haiti em comunicado de imprensa de junho de 2009.
Com informações do blog do Mário Marcos, Central Única dos Trabalhadores e Página 12
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These costly U.S. attacks failed to achieve their goals, but were conducted in order to inflict a blow against Yemen, for daring to challenge the Israelis.