“Os acontecimentos recentes mostraram que nos encontramos em uma nova fase perigosa. Corremos o risco de que essa recuperação frágil venha se estagnar novamente. Por isso precisamos agir”, alertou Christine Lagarde, nova presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), em um comunicado.
O alerta tem suas razões no fato de que, dois anos após o fim da crise financeira global, o crescimento dos EUA e da Europa é fraco. E a crise de endividamento tanto na Europa quanto nos EUA abalaram a confiança pública em um reaquecimento econômico global.
Obama e Merkel
As potências econômicas precisam alinhavar planos de longo prazo, a fim de manter suas dívidas sob controle, acrescentou Lagarde. Ao mesmo tempo, elas não deveriam aplicar medidas de austeridade drásticas demais, pois, desta forma, estarão colocando em risco a própria recuperação. Os bancos centrais conclamaram Lagarde a manter as taxas de juros baixas e, caso necessário, a pensar sobre “passou não convencionais” para contornar a crise.
O presidente norte-americano Barack Obama e a premiê alemã Angela Merkel discutem no momento a respeito das recentes turbulências nos mercados financeiros e sobre a crise europeia de endividamento. Os dois conversaram pelo telefone sobre medidas conjuntas, a serem tomadas para vencer os desafios econômicos, segundo informou a Casa Branca em Washington. Obama e Merkel estão de acordo com a necessidade urgente de retomada do crescimento econômico em todo o mundo, bem como da criação de empregos.
Vacas magras?
De acordo com estimativas do ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, a economia global poderá sofrer com os efeitos das medidas de austeridade em alguns países. Até que a consolidação do orçamento dê realmente frutos em diversos países, deverão transcorrer alguns anos, explicou Schäuble.
Além disso, o ministro defendeu uma cooperação estreita em termos de política econômica na Europa, a fim de assegurar o crescimento a longo prazo. Segundo ele, reformas estruturais imediatas, bem como a consolidação rápida dos orçamentos em países muito endividados, como a Itália, a Espanha, Portugal e a Grécia, são de extrema imprtância.
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