Santorum Has Victories; Now He Needs Money

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Depois das duas impor­tantes vitórias no Alabama e Mis­sis­sippi, o dis­curso do antigo senador da Pen­sil­vâ­nia Rick San­to­rum teve duas novi­dades impor­tantes (além da habit­ual colecção de argu­men­tos con­tra Barack Obama). Uma tem a ver com a inevitabil­i­dade da nomeação de Mitt Rom­ney, a outra tem a ver com din­heiro — e San­to­rum jun­tou as duas refer­ên­cias na mesma frase. “Para quem era inevitável, Rom­ney pre­cisou de gas­tar muito din­heiro”. E mesmo assim acabou derrotado.

San­to­rum foi inteligente na forma como abor­dou essa questão del­i­cada. O can­didato notou que tinha con­seguido vencer as duas primárias ape­sar da enorme despro­porção da sua cam­panha em ter­mos finan­ceiros e do facto do seu rival Mitt Rom­ney, por inter­mé­dio próprio ou do Super PAC que apoia a sua can­di­datura, ter gasto cinco vezes mais din­heiro em anún­cios neg­a­tivos con­tra si.

Ape­sar de não ter matem­ati­ca­mente nen­huma hipótese de con­quis­tar os 1144 del­e­ga­dos indis­pen­sáveis para selar a nomeação, com o resul­tado de ontem San­to­rum provou que a sua can­di­datura ainda pode ser com­pet­i­tiva: a sua estraté­gia é con­tin­uar a batalha pelos del­e­ga­dos, de forma a que nen­hum dos can­didatos chegue à Con­venção Nacional de Tampa com a nomeação fechada — será então ver­dadeira­mente uma luta entre a razão e o coração do Par­tido Repub­li­cano. O ultra-conservador aposta que, se arras­tar o duelo até ao final, poderá prevalecer.

A noite de ontem foi pés­sima para Rom­ney (que nem se deu ao tra­balho de fazer uma declar­ação após o anún­cio dos resul­ta­dos), mas em jeito de rescaldo do dia seguinte é pre­ciso dizer que, ape­sar de tudo, a dinâmica da cor­rida não se alterou: a der­rota de Rom­ney no Sul era mais do que esper­ada, a sua difi­cul­dade em con­vencer o bloco evangélico mais do que con­hecida. O ex-governador do Mass­a­chu­setts ainda é o con­cor­rente com mais del­e­ga­dos e não deixou de ser o favorito — mas a pos­si­bil­i­dade de que tudo venha a ser deci­dido na Con­venção aumen­tou ligeiramente.

Para pro­lon­gar a cam­panha San­to­rum pre­cisa de din­heiro, e uma das más notí­cias (para ele) é a teimosia de Newt Gin­grich, que recusa deixar o cam­inho livre para que as facções con­ser­vado­ras — os eleitores e os finan­ciadores — ven­ham congregar-se na sua candidatura. Sheldon Adel­son, o mil­ionário que banca a cam­panha de Gin­grich, ainda não fechou a torneira, mas a pressão para que o ex-Speaker do Con­gresso desista final­mente só vai intensificar-se nos próx­i­mos dias: mesmo o estab­lish­ment que está ao lado de Rom­ney con­cede que San­to­rum con­quis­tou nas urnas o dire­ito a dis­putar a nomeação num duelo con­tra Romney.

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