Obama and Youth

Edited by Anita Dixon

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Obama & Jovens

Até novembro, vamos fatiar com formatos diferentes o bolo eleitoral americano. Neste começo de julho, o bolo está ligeiramente favorável ao presidente Barack Obama. E na sua receita de reeleição, o voto jovem é um fermento. O problema é que não existe a mesma química do eleitorado jovem como em 2008, quando Obama conquistou 2 em 3 votos dos americanos com menos de 30 anos. Esta semana, até o New York Times, simpático ao presidente, alertou para esta falta de química.

Há as razões óbvias para a falta de fermentação, associadas, well, a um bolo econômico que não cresce e afeta particularmente os jovens que deveriam estar entrando no mercado de trabalho e estão com uma salgada dívida nos empréstimos educacionais. O desencanto com Obama é mais marcante justamente entre jovens na faixa 18-24 anos.

E existe também uma desilusão mais genérica com um presidente associado a promessas de mudança. Para jovens impacientes, caiu a ficha da realidade. Há ainda decepção particular de jovens que esperavam vigor de Obama para romper com o governo Bush em questões de liberdades civis. Não é à toa que setores entusiasmados com Obama em 2008 (e promessas como fechar a prisão de Guantánamo) aderiram à campanha insurgente do libertário Ron Paul nas primárias republicanas. Esta turma agora não irá aderir em larga escala a Mitt Romney.

Uma pesquisa recente do Pew Research Center mostra uma vantagem de 28 pontos de Obama sobre Romney (cai bastante na faixa 18-24 anos). Muitos jovens eleitores não estão apaixonados pelo laissez-faire econômico dos republicanos, embora existam oportunidades para semear um appeal conservador, e 7 em 10 são favoráveis a mais impostos para ricos e políticas econômicas que diminuam o fosso entre ricos e pobres.

Neste momento da batalha eleitoral, até que são convenientes para os democratas os alertas sobre o desânimo dos jovens. Os alertas funcionam como um chamado às armas. Não resta dúvida que a campanha do presidente irá investir loucamente (em todos os sentidos da expressão) para garantir esta fatia do eleitorado. Mas resta saber se a moçada irá bater continência para o comandante-em-chefe Obama em novembro ou cruzar os braços. Eleitorado jovem será especialmente crucial em estados que terão batalhas renhidas como Carolina do Norte e Virgínia.

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