NATO has changed its Strategic Concept but hasn’t changed its principles. The Atlantic alliance continues to be a defensive organization that reacts only when directly attacked; however, faced with current circumstances, it has been forced to change its strategic position in relation to Russia, which has now become its principal threat.
The NATO summit in Madrid proved to be an enormous success. Turkey’s requirements for admitting Finland and Sweden seem to have been satisfied. The center of the dispute was the Kurdistan Workers’ Party, classified as a terrorist organization by Turkey, the EU, the United States, and as a FETO* organization by Turkey whose president, Recep Tayyip Erdogan believes instigated the 2016 attempted state coup in Turkey. Both movements have members based in Sweden and Finland, and both countries promised to enact legislative measures to limit their activities. Simultaneously, the embargo of arms sales to Turkey was lifted, thus removing Turkey’s veto to admitting Sweden and Finland into NATO.
The ”brain death,” the term Emmanuel Macron used to describe what NATO was experiencing in 2019, reflected Western ambiguity following the advance of Turkish troops in Syria and after the annexation of Crimea. At that time, then President Donald Trump considered NATO a burden and a drain on the resources of his presidency, while the Strategic Concept, approved at the Lisbon summit, identified Russia as a partner. Three years later everything has changed. NATO has resumed a life of its own and its members consider it a place of refuge.
Vladimir Putin did not calculate the consequences of the Ukraine invasion, and he was convinced that NATO and the EU would not react to the fait accompli of a surprise invasion. He didn’t anticipate the strengthening of NATO nor imagine that NATO would expand the borders it shares with Russia.
NATO has changed its Strategic Concept, but hasn’t changed its principles. It continues to be a defensive organization that reacts only when directly attacked; however, faced with the current circumstances, it has been forced to change its strategic position in relation to Russia, which has now become its principal threat. At the same time, China has come to be viewed as a potential challenge and as a strategic competitor. In large part, this change is very much the result of the will and determination of the United States, which finances, or in other words, pays for and leads the world’s defense policy. As a consequence of this strategic change, NATO saw the need to substantially increase its rapid response force along its Eastern European frontiers, urging its member states to uniformly invest 2% of their gross domestic product in the military. In some cases ,such a recommendation is a substantial effort, as in the case of Portugal. Each NATO member state is obligated to maintain significant and well-equipped armed forces to maintain peace on a global scale (as in the Partners in Peacekeeping program). This imposes additional costs on the member states to safeguard democracy and liberty in the free world.
Finally, in the latest summit, NATO reiterated its determined backing of Ukraine, having released a new package of integral support as well as aid to countries such as Moldova, Georgia and Bosnia and Herzegovina, in a strong signal to Russia that NATO will not accept new aggression and will do everything to stop the Russian imperialistic threat.
*Editor’s note: FETO refers to Turkey’s designation of a terrorist organization under the assigned name of Fethullah Terrorist Organization. FETO is not a terrorist organization designation in the United States.
A América pode, manda e lidera!
por Carlos Bonifácio, Mestre em Estratégia, e João Barreiras Duarte, Consultor e Gestor de Empres
A Nato alterou o seu conceito estratégico, mas não mudou os seus princípios. A Aliança Atlântica continua a ser uma organização defensiva que só reage quando diretamente atacada, mas no entanto, e perante as atuais circunstâncias, foi forçada a mudar o seu posicionamento estratégico em relação à Rússia, que passou agora a ser a sua principal ameaça.

•
• Opinião
por Carlos Bonifácio, Mestre em Estratégia, e João Barreiras Duarte, Consultor e Gestor de Empresas
A cimeira da Nato em Madrid saldou-se por um enorme sucesso: as exigências turcas à Finlândia e à Suécia parecem ter vingado. No centro da discórdia estava o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), classificado como partido terrorista pelo regime turco, pela UE e pelos Estados Unidos, e a organização Fetö, considerada por Erdogan, como instigadora da tentativa de golpe de Estado de 2016 na Turquia. Ambos os movimentos têm membros radicados na Suécia e na Finlândia, e ambos os países comprometeram-se em tomar medidas legislativas para limitar a atividades destas organizações. Em simultâneo foi levantado o embargo da venda de armas à Turquia, ficando assim desbloqueado o veto turco à entrada da Suécia e da Finlândia na Aliança do Atlântica.
A «morte cerebral», como Emmanuel Macron classificou a Nato em 2019, espelhava então a ambiguidade ocidental após o avanço das tropas turcas em território sírio e depois da anexação da Crimeia. À época, o então Presidente Trump considerava a Nato um fardo e um sorvedouro de recursos para a sua presidência, enquanto o conceito estratégico, aprovado na cimeira de Lisboa, identificava a Rússia como um parceiro. Passados três anos tudo mudou e a Nato voltou a ter vida própria e a ser considerada pelos seus membros como um porto de abrigo.
Putin não calculou as consequências da invasão da Ucrânia, estava convicto que a Nato e UE não teriam qualquer reação perante o facto consumado de uma invasão surpresa. Não avaliou o fortalecimento da Aliança Atlântica e nem imaginou que as fronteiras partilhadas entre a Nato e a Rússia iriam aumentar.
A Nato alterou o seu conceito estratégico, mas não mudou os seus princípios. A Aliança Atlântica continua a ser uma organização defensiva que só reage quando diretamente atacada, mas no entanto, e perante as atuais circunstâncias, foi forçada a mudar o seu posicionamento estratégico em relação à Rússia, que passou agora a ser a sua principal ameaça. Simultaneamente, a China passou a ser encarada como um potencial desafio enquanto competidor estratégico. Em grande parte, esta mudança estratégica resulta muito por vontade e determinação dos Estados Unidos que é quem financia, ou seja, quem paga e quem lidera globalmente a política de defesa mundial. Em consequência desta alteração estratégica, a NATO viu-se na contingência de aumentar substancialmente a sua força de reação rápida junto das suas fronteiras a leste da Europa, exortando os Estados membros a uniformizarem os investimentos militares em 2% do PIB. Tal recomendação equivale nalguns casos a um esforço substancial, como é o caso de Portugal.
As operações de manutenção da paz (Partner in Peacekeeping) à escala global a que a Nato pretende reforçar, obrigam a que cada Estado membro possua umas Forças Armadas dimensionadas e bem equipadas. Isto equivale a custos suplementares a que todos vamos ser convocados como salvaguarda da democracia e liberdade do mundo livre.
Por fim, a NATO reiterou nesta Cimeira o apoio determinado à Ucrânia, tendo desbloqueado um novo pacote de apoio integral, assim como ajudas a países como a Moldávia, Geórgia e Bósnia-Herzegovina, num sinal fortíssimo para a Rússia de que a Nato não aceitará novas agressões e tudo fará para impedir as ameaças imperialistas russas.


This post appeared on the front page as a direct link to the original article with the above link
.
These costly U.S. attacks failed to achieve their goals, but were conducted in order to inflict a blow against Yemen, for daring to challenge the Israelis.
Contrary to what the American president never tires of implying, however, it is not Ukraine and its NATO partners but Putin alone who bears responsibility for this horrific war.