Administração Obama sob pressão das autoridades de Israel
Com a oferta por parte do Irão de nova ronda de negociações com o grupo dos 5+1 (os membros do Conselho de Segurança da ONU mais Alemanha), a administração Obama, segundo o jornal diário russo Kommersant, terá enviado uma carta à Rússia no sentido de avisar as autoridades iranianas de que esta seria a última oportunidade. Mas segundo reacções do Departamento de Estado, as informações avançadas pelo jornal russo não correspondem à verdade, na medida em que os Estados Unidos não usaram a expressão “última oportunidade”, embora reafirmem a manutenção de todas as opções sobre a mesa. O jornal russo levantava a hipótese da administração Obama estar a ser alvo de chantagem por parte do grupo de pressão pró israelita, facto que se acentuou aquando da última reunião do Comité Público Israelo-Americano de Relações Públicas, em Washington, em que participaram o Presidente americano, Barack Obama e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu. A advertência americana, segundo a qual ou as autoridades iranianas cooperam completamente, mostrando-se disponíveis para abrirem as portas de todos os locais suspeitos à inspecção da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), ou são atacados dentro de meses, pode ser uma interpretação errada da política de todas as opções sobre a mesa. É verdade que o primeiro-ministro israelita tem solicitado à administração Obama para que use a linguagem da ameaça militar para forçar o Ião a cooperar mais nas negociações sobre o seu programa nuclear. Mas Barack Obama defende que as sanções e a componente diplomática têm jogado o papel suficiente para forçar o Irão a recuar nas ambições nucleares. Num ano em que está em jogo a reeleição do Presidente norte-americano e em que se suspeita dos eventuais avanços do programa nuclear iraniano, Barack Obama pode recorrer ao uso da força militar ou continuar a apostar na via diplomática. Esta última opção, que a liderança israelita defende ser ineficaz para travar o programa nuclear iraniano, pode levar o Presidente a perder o considerável apoio do lobby judeu e arriscar a uma derrota eleitoral. Quando o campo o republicano, nas pessoas de Rick Santorum e Mitt Romney, são encarados como políticos dispostos a usar a via militar para impedir o Irão de possuir armas nucleares, a senda da via diplomática do Presidente Obama pode sofrer uma rápida mudança. Desde o seu regresso de Washington, onde foi em busca de concertação de posições com o Governo americano, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tem procurado preparar a opinião pública do seu país para a guerra contra o Irão. Netanyahu está a tentar convencer a opinião pública israelita de que a ameaça iraniana é tangível e existencial, e que só há uma maneira eficaz para impedi-lo e evitar um “segundo Holocausto”: um ataque militar israelita contra as infra-estruturas nucleares do Irão. A ideia de chantagem por parte de Israel para com os Estados Unidos, segundo o que avançou o jornal russo e já desmentido pelos americanos, tem a ver com a insistência por parte de Netanyahu de que o seu país se reserva o direito de atacar e não esperar por terceiros. O líder israelita pede aos membros do seu Governo para rejeitarem alegações de que Israel é fraco demais para ir sozinho a uma guerra contra uma potência regional como o Irão e que precisa contar com os Estados Unidos. Numa altura em que cresce a troca de ameaças de ataques e represálias, era recomendável que a administração Obama desse preferência às negociações contrariamente à linguagem de guerra. A data e o local dessa nova ronda de conversações entre o Irão e o grupo dos 5+1 ainda não foram ainda avançadas, embora atendendo ao presente clima de pré guerra muitas dúvidas se levantam sobre o desfecho a contento de todas as partes. Da mesma maneira como para Israel e Estados Unidos todas as opções estão sobre a mesa, tal como avançado pelas autoridades iranianas, o antigo império persa também diz ter as suas opções sobre a mesa. O Irão afirma ter preparado mais 11 mil mísseis para lançar contra Israel e interesses americanos na região em caso de ataque por parte de um ou ambos os países, com os quais vem trocando ameaças. Benjamin Netanyahu pretende demonstrar aos seus compatriotas que é um fiel seguidor das peugadas de Menahem Begin (o primeiro-ministro que destruiu os reactores nucleares iraquianos, em 1981) e livrar-se de entrar para a História como o governante que viabilizou o “II Holocausto”.
Washington has danced itself into the danger zone — not because Obama fears losing Jewish votes but rather because he fears the power of the Zionist lobby to launch an anti-Obama campaign in the run-up to the November election.
We are talking here about a well-heeled conservative Jewish establishment, not the vast majority of American Jews. This is no antisemitic Jewish conspiracy about control of the media but rather the recognition that the Jewish establishment has better access to the media than a lot of other influential groups. The New York Times alone could torpedo the Obama campaign — and Obama is acutely aware of that.